A esquizofrenia é uma doença crônica que sofre grande estigma, embora já venha sendo estudada há muitos anos.
Atualmente, segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), cerca de 23 milhões de pessoas são acometidas por esse transtorno.
Desde seus primeiros estudos, já surgiram muitas contribuições valiosas para a qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias.
Continue a leitura do post e saiba mais sobre como ocorreu o descobrimento da esquizofrenia.
Afinal, quando a esquizofrenia foi descoberta?
Os primeiros estudos sobre a esquizofrenia ocorreram no início do século XX, mas ainda não a chamavam por esse nome.
O cientista Emil Kraepelin foi o primeiro a compreender a complexidade da doença e identificá-la como um transtorno em particular, mas utilizou o termo “demência precoce”.
A expressão foi utilizada por conta da ocorrência de sintomas já em fases iniciais da vida.
Ainda no início do século XX, outro cientista da área, Eugen Bleuler, criou o termo que conhecemos hoje, uma junção das raízes gregas schizo (dividir) e phren (mente).
Bleuler deu esse nome ao problema porque afirmava que os pacientes apresentavam uma cisão entre pensamento, emoção e comportamento, o que resultava nos sinais da condição.
É a alteração desses fatores que faz com que o transtorno seja uma das maiores causas da perda de qualidade de vida entre os 15 e 44 anos.
Ambos os cientistas foram essenciais para que a esquizofrenia passasse a ser vista como uma doença em particular, que deveria possuir diagnóstico e tratamento próprios.
Desde então, desenvolveram-se muitos estudos, que trouxeram mais qualidade de vida e bem-estar aos pacientes com o transtorno.
Quais foram os avanços no diagnóstico da esquizofrenia?
A história dos estudos dedicados à esquizofrenia conta com erros e acertos, que ajudaram a ciência a alcançar o ponto em que se encontra hoje, com diagnósticos e tratamentos eficazes para a doença.
Logo após sua descoberta, por exemplo, algumas vertentes acreditaram que o fator que motivava o surgimento do problema era a dinâmica familiar.
Com o passar dos anos, essa teoria foi descartada, pois não havia comprovação científica que sustentasse a hipótese.
Além disso, a teoria colocava a culpa do surgimento do transtorno na família do paciente, que é uma importante rede de apoio durante o tratamento do indivíduo.
O diagnóstico da esquizofrenia não é feito através de exames, mas com a avaliação de um profissional.
Ao longo dos anos, também foram identificados critérios para a determinação da doença, levando a diagnósticos mais precisos.
Hoje em dia, por exemplo, podem ser realizados testes que avaliam a imagem do cérebro ou mesmo o sangue, para que sejam descartados outros problemas que apresentam sintomas semelhantes.
A partir de um diagnóstico eficiente, é possível buscar com mais rapidez o tratamento adequado.
E os avanços no tratamento?
O tratamento medicamentoso é recomendado para os pacientes com esquizofrenia.
Os primeiros medicamentos para a doença, chamados antipsicóticos de primeira geração, foram criados na década de 50.
Esses remédios eram eficientes, mas apresentavam mais efeitos colaterais e eram menos efetivos no trato de sintomas, como a depressão.
Os antipsicóticos de segunda geração surgiram na década de 90 e trouxeram benefícios aos pacientes.
Eles são ainda mais eficazes que os primeiros, pois, além de diminuir os sintomas, como delírios e alucinações, têm ação antidepressiva e auxiliam na estabilização do humor.
O tratamento terapêutico da doença também passou por evoluções, já que com uma melhor compreensão dos sinais e a utilização de medicamentos foi possível adotar novas práticas nesse processo.
Assim, a evolução dos estudos a respeito da condição trouxe benefícios imensos para aqueles que convivem com essa condição.
Aproveite para aprender mais sobre esse transtorno e leia nosso post sobre tipos de esquizofrenia.