Todos os cuidados precisam ser tomados com as pessoas que sofrem crises de esquizofrenia.

Essa doença, que necessita de tratamento por toda a vida, exige precisão nos medicamentos, fundamentais para que os sintomas sejam controlados.

No entanto, mesmo com todos os cuidados, o risco de uma nova crise não está eliminado, porque fatores externos podem contribuir para essa ocorrência.

Pesquisadores da Universidade de Campinas (Unicamp) vêm trabalhando novas possibilidades para o tratamento da doença, onde descobriram que o problema não se encontra apenas nos neurônios.

Uma célula, chamada oligodendrócito, é o objeto a ser tratado, já que ela não cumpre com o seu papel nos portadores da esquizofrenia. Quem sabe não está aí a “chave” da descoberta, não da cura, mas, ao menos, da diminuição dos problemas que a doença causa?

Enquanto as pesquisas seguem acontecendo, apresentamos maneiras de evitar novas crises de esquizofrenia. Continue lendo e saiba mais a respeito!

Os fatores de risco

Os fatores de risco para novas crises de esquizofrenia envolvem situações que podem causar uma recaída. Vamos conhecê-los:

A doença

A própria doença pode causar crises, especialmente quando ocorrem:

  • gravidade das alterações neuroquímicas (níveis de dopamina),
  • intensidade dos sintomas,
  • disfunção cognitiva,
  • dificuldade de processamento das informações.

Nesses casos, não há como prever a situação, pois depende de cada paciente, onde questões mais graves não respondem adequadamente aos tratamentos.

As alternativas envolvem todas as formas de tratamento, como:

Personalidade complexa e difícil

Pacientes com personalidades difíceis e complexas são mais resistentes à psicoterapia, não obtendo bons resultados nesse tipo de tratamento.

Para essa situação, não há outra alternativa que não seja a continuidade dos trabalhos, mesmo sabendo que novas crises de esquizofrenia podem ocorrer.

Ambiente familiar e social

Quando o ambiente familiar e social é problemático e agitado, existe a chance de estressar ou superestimular o paciente, podendo levá-lo a uma crise de esquizofrenia.

Não há outra alternativa que não seja manter um ambiente harmonioso e calmo, o que pode ser conquistado através da orientação ou da terapia familiar.

Eventos traumáticos

Por fim, outro fator de risco, que pode causar as crises de esquizofrenia, está nos eventos traumáticos, podendo abalar o paciente, tais como:

  • acidente,
  • catástrofe,
  • morte de um familiar.

Esse também é um caso que não há como minimizar ou ter controle, portanto, é preciso contar com os tratamentos médicos, psicoterápicos e psicossociais, como recursos para amenizar a situação.

A proteção contra as crises de esquizofrenia

Diante do exposto, é preciso que a família proteja o paciente dessas situações, quando isso for possível.

Especialmente nos casos que envolvem o ambiente familiar, o equilíbrio entre seus membros é fundamental, para que a pessoa que sofra com essa doença possa manter-se bem.

Mudanças, discussões e desentendimentos fazem com que o paciente não consiga processar informações e situações, sentindo-se perdido ou paralisado e, assim, tornando-se vulnerável ao ambiente.

Alguns sinais pré-crise podem ser observados, quando a pessoa passa a ter comportamentos que envolvem:

  • isolamento,
  • retraimento,
  • atento a todas as movimentações,
  • sem sono,
  • confusão em lidar com a realidade.

Como nem todos os fatores que geram a crise de esquizofrenia podem ser controlados, aqueles quais essa possibilidade existe merecem uma atenção especial, portanto, manter o equilíbrio emocional em casa e em família é fundamental.

Agora que você já conhece mais a respeito desse assunto, leia nosso post que apresenta as consequências da esquizofrenia não tratada!